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CONSTRUINDO O FUTURO ATRAVÉS DAS ONG'S

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 15º, afirma que toda criança e adolescente tem o direito ´´à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento´´. Dessa forma, desde cedo elas podem desenvolver as habilidades cognitivas e afetivas, sendo inseridas de maneira apropriada na sociedade.  No entanto, apesar de 28 anos de existência do estatuto, ainda temos muitas crianças e adolescentes que não vivem dignamente. Além disso, muitos não recebem a apoio devido do estado e da família, e acabam ficando à margem da sociedade.

Apesar da formulação do Plano Nacional de Cultura no ano de 2010 (lei 10.343/2010), cujo objetivo é incentivar a promoção de políticas públicas culturais, desde 2015 o Ministério da Cultura vem sofrendo com o corte de verbas. Este ano, o Fundo Nacional de Cultura, que tinha uma receita de 3% do orçamento nacional, teve uma redução de 2%, contando com apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Na prática, isso representa um corte de mais de 1 milhão de reais para um ministério que já tinha um orçamento bastante curto.

O próprio ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, já declarou o dano que isso provoca diretamente no que diz respeito à redução da criminalidade, uma vez que a cultura possui um papel importante no combate a violência. Segundo a pesquisa mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 17 milhões (40%) de crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos de idade estão em situação de pobreza no país, e cerca de 6 milhões (13%) em situação de extrema pobreza. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), do Governo Federal, só em 2015 10.500 pessoas de 0 à 18 anos morreram vítimas de homicídios.


Foi visando o alto índice de criminalidade entre os mais jovens, e entendendo a importância do papel cultural da música que o projeto de música da Orquestra Cidadã nasceu para tentar resgatar a cidadania infantojuvenil. A comunidade do Coque foi a escolhida para o projeto ser implementado, pois muitos moradores da faixa-etária correspondente ao ECA estavam sem rumo e perspectiva, ficavam ociosos em casa e a grande maioria ficava na rua sem ter o que fazer.

O Projeto Orquestra Cidadã proporciona desde então uma nova esperança para os seus alunos. Muitos nem sequer sabiam que tinham habilidade musical, mas logo após a chegada desses profissionais na comunidade, muitos passaram a ingressar na orquestra, que funciona no contraturno escolar.

Já no bairro do Totó, um outro projeto também abriu as portas para proporcionar novas perspectivas para a comunidade juvenil local. Tudo começou no terraço da casa da Dona Maria de Lourdes, que cedia o espaço para oficinas culturais que desde o início visavam oferecer uma oportunidade melhor para as crianças que vivem à margem do presídio Aníbal Bruno. Hoje o projeto se expandiu e além da oficina de graffiti o “cores”, como é popularmente conhecido, promove a cultura através das aulas de música, esportes, hip hop, artesanato entre outras formas de arte. Graças ao seu trabalho, a ONG já recebeu mais de 10 premiações, inclusive um prêmio nacional de Inovação, da Visão Mundial, no ano de 2014.

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